No norte da cidade, bem além do Parque Güell de Gaudí onde se aglutinam os turistas, um bairro desfavorecido soube ter a ousadia de acomodar na encosta de uma pedreira desativada uma escultura gigantesca do basco Eduardo Chillida desafiando a lei da gravidade. Evidentemente inacessível, atrai o olhar do visitante, como o sinal da prova de força operando aqui. Aquela que consiste em criar um espaço aquático, próprio ao banho, seguro, com a devida dimensão, e amplamente frequentado. A ideia era, ao mesmo tempo, descongestionar as praias da cidade e criar um pulmão de respiração nesse morro castigado pelo Sol. Indo contra a corrente das recomendações, regulamentos, interdições que impedem qualquer acesso à água nos espaços públicos europeus, o projeto atingiu vários públicos, protegido dos detratores pela marca majestosa e imponente.