São mesmo efêmeros, acontecimentos. Reprovados e criticados também. No entanto, plebiscitados.
Esses pequenos jardins realizados sem ritmo regular em Bilbao (Espanha), Lausanne (Suíça), Métis (Gaspesia, Canadá) ou anualmente em Amiens ou Chaumont-sur-Loire atraem dezenas de milhares de visitantes. “Fenômeno da moda”, “Programas do momento”, “Consumo espetacular” não bastam para sustentar os discursos dos detratores desses encontros bem família. Mais pertinentes, por certo, são as críticas feitas por muitos profissionais da paisagem que lamentam a ausência de inscrição no tempo lento da terra e da natureza e a evidente falta de ambição pela pesquisa botânica. Sem falar no desperdício vegetal ocasionado.
Os diferentes organizadores desses encontros bucólicos recebem, no entanto, centenas de candidaturas do mundo inteiro, julgadas impiedosamente por jurados exigentes e experimentados. A sede de reconhecimento ou a oportunidade de aparecer orienta certamente a maior parte dos candidatos. Candidatos que estarão no auge da felicidade quando a população de um bairro pedir a perpetuação de um de seus jardins efêmeros após uma manifestação sazonal, como em Lausanne, em 2009. O jardim encontra aí seu território : a cidade e o uso que fazem dela seus habitantes.
(Foto 2009)