“...Gostaria que existissem lugares estáveis, imóveis, intangíveis, intocados e quase intocáveis, imutáveis, arraigados ; lugares que fossem referências, pontos de partida, fontes... Esses lugares não existem, e é por não existirem que o espaço passa a ser questionado, deixa de ser uma evidência, deixa de ser incorporado, deixa de ser apropriado. O espaço é uma dúvida : preciso marcá-lo incessantemente, designá-lo ; nunca é meu, nunca me é dado, preciso conquistá-lo... »
Georges Pérec, “Espécie de espaços” Galilée, Paris, 1974